Beto Richa quer o fim da integração do transporte coletivo, veja o que opinam os municípios da Região Metropolitana.

Minha opinião como usuário do incomodo e demorado transporte coletivo.  

A manutenção da integração e do subsídio estadual são importantes, assim como o debate dos lucros das empresas que EXPLORAM a rede e seus usuários.

A população da região metropolitana de Curitiba não podem ficar reféns de revanchismos e promessas de campanha não cumpridas,

A suspensão  do aumento em Porto Alegre foi uma vitoria da mobilização da população, esta na hora de aqui os moradores da região de Curitiba também se mobilizar para pagar um preço justo pelo serviço recebido. Se o transporte é público porque empresas privadas lucram muito com isso.

Campo Magro

Segundo o prefeito Louvanir Menegusso, o fim da rede integrada de transporte prejudicaria o município na forma mais extrema. A cidade não dispõe de transporte urbano e depende da RIT para o deslocamento aos bairros. “Cerca de 6 mil pessoas dependem desta integração. Seu fim seria um choque e um retrocesso. Muito provavelmente, faria as empresas repensarem a contratação de moradores da Região Metropolitana por causa do aumento de custo que passariam a ter”, diz.

Rio Branco do Sul

A prefeitura de Rio Branco do Sul defende que o corte do subsídio estadual, se necessário, deveria ser gradual. O secretário municipal de Governo, Eloir Bueno, que está à frente do debate, afirma que um prazo de três ou quatro anos poderia ser suficiente para que a cidade se adaptasse. “Se cortar imediatamente, haverá prejuízo sério para o bolso do trabalhador da Região Metropolitana”, argumenta. Na cidade de 30 mil moradores, duas empresas familiares prestam o serviço de transporte da região central para o interior do município.

São José dos Pinhais

“Não vemos possibilidade [de substituir a RIT]”, resume o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Adriano Marcus Mühlstedt, sobre a eventual interrupção na rede integrada de transporte intermunicipal. Apesar de duas empresas de ônibus atuarem no sistema urbano, da região central para os bairros, a cidade não tem convênio paralelo com outros municípios para garantir o acesso à capital. O secretário avalia que uma readequação das linhas poderia apontar formas de cortar os custos do sistema. “A integração é um benefício para as cidades da Região Metropolitana e para Curitiba. Os problemas são comuns e as soluções devem ser discutidas de maneira conjunta”, afirma.

Araucária

O diretor presidente da Companhia Municipal de Transporte Coletivo de Araucária (CMTC), Sandro José Martins, defende que a RIT deve ser revista. Se, por um lado, a integração viária do município com a capital é necessária, por outro, ele afirma que o município tem um “prejuízo enorme” com a rede. “Para manter a integração com Contenda e Campo Largo, a prefeitura terá de repassar em torno de R$ 46,8 milhões de subsídio em 2013”, garante. Para ele, as contas têm de ser refeitas. “Se o Estado reclama de repassar R$ 60 milhões para manter a integração, Araucária não pode arcar com R$ 46,8 milhões”, compara.

Campo Largo

Com 112 mil habitantes, Campo Largo dispõe de linhas metropolitanas entre Curitiba, Balsa Nova e Araucária. Conta com um sistema urbano com 25 linhas, mas a RIT é uma necessidade, segundo o prefeito Affonso Guimarães. O município tem acompanhado o impasse sobre o subsídio estadual, assunto que, segundo o prefeito, é de extrema importância para o usuário. “É uma questão que ainda deve ser mantida em discussão, levando-se em conta as diversas possibilidades apresentadas em reuniões anteriores”, afirma ele.

Almirante Tamandaré

Consultada pela Gazeta do Povo, a prefeitura preferiu não comentar a indefinição sobre o subsídio estadual para a rede integrada de transporte. “O município de Almirante Tamandaré manifesta total interesse na continuidade da integração do transporte coletivo”, limitou-se a afirmar, via nota oficial, o prefeito Aldnei Siqueira.

Colombo

A prefeita de Colombo, Beti Pavin, avalia como positiva a situação da RIT quanto aos serviços prestados na cidade. Mesmo com 213 mil moradores, a cidade não dispõe de transporte urbano bancado por dinheiro municipal – depende das linhas alimentadoras vinculadas à rede metropolitana. “Curitiba sempre foi a ‘mãezona’ dos municípios metropolitanos no que diz respeito ao transporte público. Moradores que se fixaram em Colombo e em outros municípios que fazem divisa com a capital não tiveram espaço para ficar por lá. Então Curitiba precisa continuar dando condições, como sempre deu, do transporte atender aos municípios metropolitanos”, argumenta.

Itaperuçu

Assim como muitas cidades-dormitório da Região Metropolitana, Itaperuçu não dispõe de transporte urbano. “Nossa cidade tem poucos empregos. Muitas pessoas trabalham em Curitiba. Vão e voltam todos os dias”, justifica o secretário de Governo e Administração, Douglas de Oliveira Franco Filho.

Contenda

O prefeito Carlos Stabach defende uma pesquisa de origem e destino para que a rede integrada seja reformulada. Além do impasse, a cidade de 16 mil moradores enfrenta hoje outra indefinição: o destino de um acordo verbal, que já dura cerca de cinco anos com o município de Araucária, para garantir a integração. A linha parte de Contenda e passa por Araucária para chegar a outras cidades da Região Metropolitana. Como a linha é considerada deficitária por Araucária, há o risco de o serviço ser suspendo. O prefeito afirma que hoje não há dotação orçamentária para que o município substitua essa linha. “Não existe, mas teria de fazer. Seria constrangedor para mim, com quatro meses de governo, ter um baque desses – fazer o usuário de Contenda descer em Araucária e pagar nova passagem.”

Pinhais

O secretário de Urbanismo Emerson Bento afirma que a interrupção da RIT inviabilizaria o transporte na cidade. “Os bairros são muito próximos. Qualquer serviço seria deficitário”, afirma ele. Também com boa parte dos moradores empregados em Curitiba e outras cidades metropolitanas, Pinhais já sofre com o déficit no número de horários e de linhas da RIT, avalia Bento. Já a infraestrutura de pontos de ônibus fica a cargo do município, que informa estar tocando um levantamento em busca de melhorias.

Bocaiúva do Sul

Em Bocaiúva do Sul, um contrato entre a prefeitura e a empresa Viação Castelo Branco garante sete linhas de ônibus e o transporte escolar. Segundo o prefeito Antônio Ferreira Rüppel Filho, o orçamento da cidade não comportaria a substituição da rede integrada ou mesmo a reserva de subsídio para garantir a RIT. “O município é pequeno, depende do Fundo de Participação dos Municípios. O orçamento era de R$ 20 milhões por ano em 2012 e vem caindo”, conta.

Piraquara

Para o secretário de Urbanismo e Meio Ambiente, Ademir Marion Jess, para a discussão avançar, falta detalhar cada fator que interfere nos valores do sistema. “O município já sofre com uma das menores arrecadações do estado, tendo em vista que aproximadamente 75% do seu território é área de proteção ambiental”, afirma.

Fazenda Rio Grande

A prefeitura de Fazenda Rio Grande avalia que, por dia, cerca de 40 mil passageiros da RIT partem do município diariamente a Curitiba. “São pessoas que trabalham e consomem em Curitiba. A cidade tem ônus [com a RIT], mas também bônus”, afirma o secretário de Governo, Beto Rocha.

Fonte GAZETA DO POVO.

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