MP aciona Justus e Curi por improbidade na Assembleia

Do blog da Joice

Hoje mais uma pancada na chamada farra das contratações na Assembleia. A Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público de Curitiba propôs agora há pouco uma ação civil pública contra os deputados Nelson Justus do DEM e Alexandre Curi do PMDB por causa da contratação desenfreada de funcionários, pela 1ª secretaria da Assembleia Legislativa do Paraná, entre os anos de 2007 e 2010, quando Curi era o primeiro secretário e Justus o presidente. Pois bem. Segundo a promotoria a nomeação era indiscriminada para cargos em comissão na 1ª secretaria. E a matemática é cruel.

Em 2007 eram 22 comissionados. Em 2009 houve um salto para 378. Segundo a investigação foi o período da multiplicação dos servidores.  E tinha de tudo, gente nas mais diversas funções e alguns que inclusive, não dariam expediente na Assembleia, que eram cabos eleitorais de luxo, que trabalhavam nas bases dos deputados, pagos com o nosso dinheiro, algo muito comum no legislativo paranaense. O Ministério Público pede a condenação dos dois parlamentares por improbidade administrativa e quer que eles devolvam R$ 5 milhões e 800 mil reais aos cofres públicos. Eles negam as ilegalidades.

Pois bem, terão o direito de se defender na justiça. Mas atenção….vem mais por aí. Em vinte dias uma nova ação deve ser proposta também pela farra dos comissionados e pela contratação de fantasmas que assombram a assembleia, e essa vai pegar peixe que ainda não caiu nessa rede de investigações. É esperar para ver. Até porque nos últimos 20 anos a farra foi indiscriminada em relação aos comissionados e fantasmas e até as pedras do Centro Cívico sabem disso.

LEIA NA ÍNTEGRA O COMUNICADO DO MP

A Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público de Curitiba propôs, nesta quinta-feira (10), ação civil pública pela prática de ato de improbidade administrativa contra os deputados Nelson Justus e Alexandre Khury, em função da contratação de funcionários pela 1ª Secretaria da Assembleia Legislativa do Paraná, entre os anos de 2007 e 2010.

O Ministério Público sustenta que, com a ciência e a concordância do então presidente da Alep, foi feita nomeação indiscriminada para cargos em comissão na 1ª Secretaria, em funções que não eram de chefia, direção ou assessoramento superior, como determina a Constituição Federal. A Promotoria afirma que houve uma elevação significativa no número de servidores comissionados na unidade que, no primeiro mês de gestão do presidente e do 1º secretário, em fevereiro de 2007, saltou de 22 para 42, atingindo o ápice em novembro de 2009, quando a 1ª Secretaria abrigava 378 servidores comissionados. Entre fevereiro de 2007 e abril de 2010, teriam passado pela 1ª Secretaria 541 pessoas, sem controle sobre local e horário de trabalho. Alguns servidores da 1ª Secretaria, inclusive, foram cedidos informalmente a outros setores da administração pública

Na ação, a Promotoria pede a condenação dos requeridos por improbidade administrativa e ressarcimento ao erário no montante de R$ 5,8 milhões.

Outra ação – Em complemento a ações já propostas, em relação aos servidores “fantasmas” vinculados às famílias Leal de Matos, Bastos Pequeno e Gbur – Oliveira, a Promotoria está propondo nesta semana outra ação civil pública relativa a núcleos familiares. Desta vez, a ação é contra os dois deputados e os então servidores da Alep, Abib Miguel, José Ary Nassif e Claudio Marques da Silva, relativos aos núcleos de servidores “fantasmas” relacionados às famílias Vosilk, Bordignon e Schabatura. O MP-PR pede a condenação dos requeridos por improbidade administrativa e o ressarcimento ao erário no valor aproximado de R$ 25 milhões.

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